Desperto e logo vejo...
Que em meu lado
Falta um pedaço de carne
Um lado frio da cama...
Que logo se enche de espinhos
E quando me aproximo...
Sinto teu perfume.
Logo, com ar de sombrio...
Olho para o quarto vazio
Que antes se enchia
Quando eu tinha você...
Choro, quase não respiro...
Dentro de mim ecoa um grito
E tremo de dor...
Algo que nunca senti!
Medo, mais que um drama...
Ao deitar em minha cama
Não consigo dormir!
Ando de um lado para o outro...
Não sinto sono, fome ou cansaço,
Não consigo entrar no meu quarto!
E se o telefone toca...
Quase consigo sorrir.
Volto a chorar...
Só depois que apago eu paro
E quando acordo, tudo volta...
Sou eu mais uma vez tentando resistir.
Ligo e quando te ouço acalmo...
O coração desacelera e eu paro
De andar e tentar fingir...
Reflito, rezo e luto para que esteja errado...
Para que arrependa-se,
Para que volte pra mim...
Inconsolada, exalo tristeza...
Dentro dos meus olhos
Um girassol caído de frieza...
Nenhum Sol o poderia mover!
Para conseguir sobreviver...
Dentro da remota chance de te ter
Crio armadilhas,
Verdadeiras fortalezas...
Entre eu e você.
Humilhei-me...
Não há vergonha em dizer
Orgulharei-me!
Com tudo que aprendi...
Com e sem você.
E não há mágoas...
Há apenas o vazio
Que antes preenchido
Com teu orgulho...
Se enche aos poucos de amor próprio
E logo transbordará de tanto prazer.
"Quem sabe o que é ter e perder alguém... sente a dor que senti."
ResponderExcluirPoesia dramática. Uma identificação longínqua, mas ainda tenho.
O sofrimento é invenção da mente que não se satisfaz com a felicidade, pois jamais saberíamos o que é ou quão boa é a alegria se não existisse a dor.
ResponderExcluirCurta cada momento como exatamente ele é, amiga.
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