25 de maio de 2011

Vício

“É que eu sou um poeta e bebo vida
como os homens menores bebem vinho"


Ah e essas vidas...
Que eu bebo
Me embriagam de experiências
Tomo porre delas
E aos baldes
Elas são jogadas
Para fora de mim
E como num porre de homens menores...
Eu, para curar a ressaca
Me embriago de novos goles

De vidas... de homens...
Nem sempre tão solitários
Que me fazem
Sorrir tanto enquanto os degusto
Como alucinógenos...
E me fazem sentir tão mal
Depois que se acabam...

E como num vício infinito
Por qualquer droga
A crise de abstinência
Me traz a insuficiência
A falta de mim mesma
Me traz o chão bem próximo
À minha cara
Me faz poeta mais uma vez
Me faz escrever para lavar a alma.

Um comentário:

“Nada pode nos penalizar mais do que nós mesmos.”
Todos temos o poder de nos regenerar da culpa
Caberá a nós mesmos a percepção de que já somos capazes!
Erros serão indícios de falta de aprendizado,
Acertos poderão passar despercebidos aos olhos de quem já aprendeu a lição...
Os acontecimentos são provas de tudo o que já aprendemos ou não!
Enquanto fugir dos seus problemas para tentar esquecê-los...
Estará provando a si mesmo que não se permitiu evoluir.

Nas horas de indecisão,
Quando a dúvida embaça a visão...
É melhor parar com tudo e ficar sozinho,
Sentar num sofá e beber um bom vinho...
E ver de fora, a vida desenrolar seu caminho.

Loucos são aqueles que seguem as tendências... Imitam e lutam para conseguir chegar em algum lugar pelo mesmo caminho dos outros, pois os normais são aqueles que fazem a sua realidade da melhor maneira possível e se reinventam a cada dia, para que os loucos continuem a copiar.