21 de novembro de 2013

Epitáfio I

E se eu morrer
Digam que foi por acidente, pois
Ninguém tem culpa
Do que a gente sente
Do que a gente espera e sonha
Ninguém é mais real para nossa própria dor
Que nós mesmos
E ninguém sentirá o que sentimos
E enquanto a tristeza for
Consumindo nossos dias de Sol
E as chuvas fizerem greve
Alertando que não há nada pior
Que ter de encarar nossos próprios erros
De cara limpa á luz do dia
Trabalho a trabalho
Segunda a segunda
sem rancor
Serei apenas mais um ser na multidão
Angustiado por não ter amor
Próprio ou pelo próximo
Sem tempo para sentir
Ou deixar-se sentir
Serei apenas um corpo
Em meio a tantos outros
E creio eu, que
Não estou aqui para isso
Prefiro morrer
A sentir que já não sou essencial
Que minha presença não é especial
Que não faço parte de nenhum grupo de amigos
Que ninguém sentirá falta de mim
Deixe-me em paz
Deixe-me morrer tranqüilo
E se perguntarem por aí
Digam que foi acidente.

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“Nada pode nos penalizar mais do que nós mesmos.”
Todos temos o poder de nos regenerar da culpa
Caberá a nós mesmos a percepção de que já somos capazes!
Erros serão indícios de falta de aprendizado,
Acertos poderão passar despercebidos aos olhos de quem já aprendeu a lição...
Os acontecimentos são provas de tudo o que já aprendemos ou não!
Enquanto fugir dos seus problemas para tentar esquecê-los...
Estará provando a si mesmo que não se permitiu evoluir.

Nas horas de indecisão,
Quando a dúvida embaça a visão...
É melhor parar com tudo e ficar sozinho,
Sentar num sofá e beber um bom vinho...
E ver de fora, a vida desenrolar seu caminho.

Loucos são aqueles que seguem as tendências... Imitam e lutam para conseguir chegar em algum lugar pelo mesmo caminho dos outros, pois os normais são aqueles que fazem a sua realidade da melhor maneira possível e se reinventam a cada dia, para que os loucos continuem a copiar.